Tu passas e me apetece olhar,
admirar, observar e esperar...
Meu egoísmo te quer por inteiro,
meu coração tem teu nome gravado,
cravado, tatuado, em destaque...
Gravidade não é mais suficiente,
pensar em ti e tudo me foge,
só o meu sorriso de canto de boca me faz entender o bem que tu me fizeste, me fazes ou ainda poderás fazer...
Poderia te prender, aprisionar, acorrentar, amarrar;
mas de quê adiantaria?
Te quero aqui; feliz, contente, sorridente.
Lá; radiante, competente, com saudade extasiante.
E se voltas, ou se ficas,
ou se vais, me abandonas.
Quem sou eu mesmo?
Perdi meu chão, minha idade, minha identidade, minha intimidade.
Perdi até as palavras, e essas são difíceis de me fugir.
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